A introdução da apostila como substituta/complemento do LD, principalmente em escolas particulares, é um fenômeno recente, os donos de escolas particulares viram abertas as alternativas de ampliação de sua área de atuação e de retorno de investimentos , com a produção de seu próprio material didático,baseando-se no alto custo dos livros no Brasil , má qualidade de materiais disponíveis ,inadequação dos LDs ao contéudo.Assim a apostila ganhou seu espaço.
O LD no Brasil, não possui uma história do Brasil, tais mudanças nem sempre buscaram atender às necessidades de uma escola. A partir de 1930 o LD passa a ser produzido ,em 1938 é criada uma comisão nacional do LD. Na década de 60 é assinado acordos com o MEC/USAID que, dentre outros objetivos , possibilitaria a distribuição de milhões de LDs no Brasil gratuitamente.No início da década de 80, boa parte do livros indicados para a utilização na escola pública foi considerada de má qualidade. É nesse contexto que se dá o surgimento das apostilas ,desse modo ela se popularizou por possuir qualidades nem sempre presentes nos LDs, considerandos limitados e ultrapassados.
A alquimia das apostilas é feita a partir de algumas diretrizes gerais como: agrupamneto de disciplinas/aulas/ conteúdos de 8ª série e 1° ano do ensino médio ,os conteúdos das diversas disciplinas organizados por professores e alunos e a organização das aulas .
Portanto, os conteúdos das apostilas vão além da memorização de algumas informações estanques ,a aprendizagem ,por sua vez, é em muito dificultada pela falta das redundâncias textuais que facilitam a compreensão. Em primeiro lugar , o simplismo dos conteúdos onde o mesmo é mais acentuado na 3ª série por ser mais resumido, em segundo lugar os exercícios que não visam ao aluno à compreensão ou a fixação . O professor é o mediador e o aluno é aquele que acumula informações e o ensino apostilado atendeu a" venda de ilusões" , até que uma alternativa mais interessante venha a ser criada.
domingo, 16 de dezembro de 2007
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
O ensino de produção textual com base em atividades sociais e gêneros textuais
Um gênero textual é uma combinação entre elementos lingüísticos de diferentes naturezas – fonológicos, morfológicos, lexicais, semânticos, sintáticos, oracionais, textuais, pragmáticos, discursivos e, talvez possamos dizer também, ideológicos – que se articulam na “linguagem usada em contextos recorrentes da experiência humana, [e] que são socialmente compartilhados” (MOTTA-ROTH, 2005, p. 181) .Gêneros se constituem como tal em função da institucionalização de usos da linguagem, portanto emergem a partir da recorrência de usos da linguagem, com diversos graus de ritualização, por pessoas que compartilham uma organização social.podemos dizer que o sistema social se organiza em termos de atividades socialmente reconhecidas (práticas sociais como o atendimento aos clientes de um banco, a aula na universidade, a consulta médica, a entrevista de emprego) e papéis sociais (e as relações de poder entre gerente e cliente, professor e aluno, médico e paciente, empregador e candidato ao emprego), desempenhados pelos participantes de cada atividade. As atividades e os papéis sociais são constituídos por um terceiro elemento, a linguagem (regras e recursos de significação).
A linguagem funciona como elemento estruturador dos dois primeiros elementos. Os três se articulam em gêneros – práticas sociais mediadas pela linguagem, compartilhadas e reconhecidas como integrantes de uma dada cultura. Tal conceito de linguagem, que articula a vida social e o sistema da língua, carrega em si pressupostos acerca do ensino de linguagem: ensinar uma língua é ensinar a agir naquela língua. A perspectiva da linguagem adotada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (doravante PCN’s) é orientada para a vida social e se configura em um avanço, se comparada à visão estruturalista amplamente adotada na escola.
Enfim, há inúmeros aspectos constitutivos dos gêneros ou das situações e ações sociais das quais a linguagem é parte integrante. Os estudos da linguagem fazem referência ao contexto como “situação enunciativa”, ou, na definição de Bazerman (1988, p. 8), como o conjunto de “todos os fatores [...] que dão forma a um momento no qual uma pessoa se sente chamada a estabelecer trocas simbólicas”. Os PCN’s fazem referência à necessidade de o aluno ser educado no sentido de fazer a relação e a adequação que se estabelece entre texto e contexto: entre as escolhas que são postas a seu dispor pelo sistema léxico-gramatical da língua e o contexto de uso da linguagem, isto é, a situação social em que se encontra.
A linguagem funciona como elemento estruturador dos dois primeiros elementos. Os três se articulam em gêneros – práticas sociais mediadas pela linguagem, compartilhadas e reconhecidas como integrantes de uma dada cultura. Tal conceito de linguagem, que articula a vida social e o sistema da língua, carrega em si pressupostos acerca do ensino de linguagem: ensinar uma língua é ensinar a agir naquela língua. A perspectiva da linguagem adotada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (doravante PCN’s) é orientada para a vida social e se configura em um avanço, se comparada à visão estruturalista amplamente adotada na escola.
Enfim, há inúmeros aspectos constitutivos dos gêneros ou das situações e ações sociais das quais a linguagem é parte integrante. Os estudos da linguagem fazem referência ao contexto como “situação enunciativa”, ou, na definição de Bazerman (1988, p. 8), como o conjunto de “todos os fatores [...] que dão forma a um momento no qual uma pessoa se sente chamada a estabelecer trocas simbólicas”. Os PCN’s fazem referência à necessidade de o aluno ser educado no sentido de fazer a relação e a adequação que se estabelece entre texto e contexto: entre as escolhas que são postas a seu dispor pelo sistema léxico-gramatical da língua e o contexto de uso da linguagem, isto é, a situação social em que se encontra.
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